sábado, 27 de junho de 2015

E VIVA O RIVOTRIL... SQN!!

          No meu trabalho os nossos resultados são medidos em semestres e essa semana é a última do semestre, então dá para imaginar o nível de estresse e pressão que todos estamos passando lá dentro.
É uma corrida desesperada para alcançar os objetivos.
O que observo nessa época é a diferença de cada um em administrar seu próprio estresse, sua própria ansiedade; mas o que mais me admira é que, muitas vezes, aqueles que filtram bem as pressões e não alimentam o pessimismo, o desespero e a ansiedade, são vistos como despreocupados, pouco engajados e preguiçosos.
Você está correto quando se descabela, grita, fica de mau humor, se enche de anti depressivos e ansiolíticos, perde noites de sono. Errado são aqueles que continuam desempenhando seus papéis da melhor maneira que podem, sem barulho, sem remédios, que continuam dormindo suas noites inteiras, aproveitando seus momentos com a família e amigos e sendo feliz. Espera. Alguma coisa estranha, né? Alguns valores invertidos, ok?
O fato de eu não me descabelar, chorar, gritar e chegar no meu trabalho com cara de zumbi porque não preguei os olhos a noite toda, não significa que eu não me preocupe, que eu não esteja incomodada com os resultados ruins, significa apenas que eu encontrei uma forma de aliviar o meu estresse sem descontar nas outras pessoas, então, ponto pra mim!
Eu trabalho 8 horas por dia, 5 dias por semana, mas quando esse período termina, eu vivo, não apenas sobrevivo, tenho uma vida intensa, de segunda a segunda, o sofá não faz parte da minha rotina, organizo meu tempo e faço dele meu aliado, assumo apenas os compromissos que posso e dou prioridade para as coisas que irão me trazer prazer. Eu gosto da vida que levo e equilibro muito bem o meu trabalho e o meu lazer.
Essa época do ano, pra mim, é especialmente difícil porque não basta que eu lide apenas com as minhas inquietações (e essas eu já aprendi e tiro de letra), mas tenho que administrar as inquietações dos colegas, do chefe, do chefe do chefe e até, muitas vezes, do chefe do chefe do chefe. Mas existem técnicas que podem ser utilizadas e que me ajudam muito.
Durante o trabalho, se percebo que estou entrando no clima de estresse, desvio meus pensamentos para coisas agradáveis, me contenho e a tarde, descarrego minha raiva no crossfit, não nos outros, e de forma nenhuma, levo meu trabalho pra casa, quando saio do Banco, minhas preocupações profissionais ficam guardadas dentro da gaveta.
Me desligar do trabalho, quando saio de lá, é regra geral, vou pra academia, libero endorfina, volto pra casa de bom humor, faço uma comida gostosa, abro um vinho, curto a filhota e o marido, depois assistimos uma série na TV, todos juntos, e vamos dormir felizes e relaxados.
Aos finais de semana, fazemos atividades em família, andamos de bike, revemos os amigos, saímos para jantar e recarregamos as baterias para a segunda feira.
Eu tomo vários remédios para estresse: atividade física, família, amigos, laser e leveza.
O estresse é uma reação emocional que aparece em consequência de situações muitas vezes criadas pelo nosso próprio organismo para se defender das intensas solicitações da vida moderna e a gente tende a lutar pela nossa sobrevivência, muitas vezes nos esquecendo da qualidade de vida e da saúde.
Então algumas atitudes são sagradas pra mim:
  • Sempre agradeço pelo que eu tenho – parar para pensar nas nossas conquistas pessoais e profissionais e agradecer por elas reduz o índice de cortisol (hormônio relacionado ao estresse).
  • Sou otimista sempre – não é que pensar positivo atraia coisas boas, como muitos livros de autoajuda dizem por aí, a questão é que, quando pensamos positivo, nosso cérebro se direciona para assuntos que não causam estresse.
  • Desconecto-me – A tecnologia nos trouxe muitos benefícios, mas em compensação nos trouxe a possibilidade de estarmos conectados ao trabalho 24hs por dia, sete dias por semana, então quando não estou no meu horário de trabalho, me desligo do Banco.
  • Corto o café – O cafezinho é um gatilho para a liberação de adrenalina e a adrenalina até pode ser boa em situações de risco, mas não é aliada para quem precisa responder um e-mail delicado ou realizar uma venda bem feita.
  • Durmo – As nossas horas de sono são essenciais para a nossa saúde, se for necessário, saio do facebook, whatsapp e vou pra cama.
  • Pratico esporte – no esporte aprendemos a lidar com vitórias e derrotas, dar mais valor aos momentos de preparação, a trabalhar em equipe e também a liderar, e além disso, quando me exercito, alivio as tensões e me sinto mais relaxada dos problemas do dia.
  • Descanso a minha mente com entretenimento – Nada de trabalho! Valorizo as minhas horas de descanso e ponto final.
  • Valorizo o tempo que passo com a minha família – Por mais que eu trabalhe para dar conforto à minha família, nada substitui o meu tempo com eles, e não é só por eles, é por mim também.
  • Faço uma pausa no dia – um break de 5 minutinhos no meio da manhã e no meio da tarde faz recarregar as energias.
  • Ouço música – Acho uma pena não ter uma música ambiente no meu local de trabalho, houve um tempo em que trabalhei numa agencia e a nossa supervisora levava os CD's e deixava um som baixinho nas caixas de som. O resultado era incrível, os funcionários trabalhavam mais felizes, os clientes reclamavam menos do tempo de espera. Porém hoje a realidade é trabalhar sem música, mas na minha casa, no meu carro, nas minhas festas, nos bares e restaurantes em que frequento, música é fundamental.
  • Viajo – Se não consigo fugir do estresse por aqui mesmo, marco uma viagem rápida e pé na estrada, sempre funciona!!
  • Encontro os meus amigos – Os meus amigos são sempre um alívio para as minhas tensões, e olha que muitos deles também trabalham na mesma realidade que eu, passam pelas mesmas cobranças, mas são pessoas de almas leves e que não se deixam abalar, quando nos encontramos, praticamente, não tocamos no assunto trabalho, apenas nos divertimos.
  • Leio mais – Ler não é apenas uma forma de descansar a cabeça, mas é uma oportunidade de aprender mais, mesmo nas minhas horas de descanso. O livro é um excelente exercício para a mente e me ajuda a melhorar a escrita e conhecer palavras novas.
Enfim, eu sei que não existe fórmula mágica, mas depende de cada um de nós desenvolvermos qualidades e atitudes que nos possibilitem reverter esse ciclo de estresse, o que não podemos é deixar que esse meio opressor em que estamos inseridos nos convença que viver dessa forma é normal e que as pessoas que se conscientizaram dos malefícios causados por esse estilo de vida e desenvolveram o autocontrole e a autoconfiança devam ser pressionadas a mudar para a pior. Isso é uma inversão de valores absurdas e eu me recuso!

 

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